Custo do risco de crédito deverá permanecer reduzido nos bancos europeus em 2025
Os bancos europeus deverão continuar a beneficiar de um custo do risco de crédito baixo e estável em 2025, prevê a DBRS.
Custo do risco de crédito nos bancos europeus deverá manter-se baixo em 2025
De acordo com a agência de 'rating' DBRS, o custo do risco de crédito nos bancos europeus deverá manter-se reduzido e estável ao longo deste ano, beneficiando da descida das taxas de juro e da melhoria do contexto económico.
Num relatório divulgado pela DBRS e partilhado pelo Notícias ao Minuto, é explicado que o custo do risco de crédito, um indicador da qualidade dos ativos de um banco, foi "excecionalmente baixo" em 2024. Para 2025, a previsão é de que continue "relativamente estável", apoiado por uma política monetária de redução gradual das taxas de juro e pela recuperação económica em curso.
A agência sublinha ainda que, apesar do aumento das taxas de juro nos últimos anos, isso não provocou uma degradação significativa da qualidade dos ativos. Com a tendência atual de descida dos juros, não se espera um impacto adverso nos ativos, já que os clientes bancários, no geral, apresentam uma boa solidez financeira.
Outro fator a contribuir para a manutenção de um custo de risco baixo é o desempenho da economia europeia. A DBRS projeta que o desemprego se mantenha em níveis reduzidos e que as pressões inflacionistas continuem controladas.
Contudo, a agência alerta que os riscos globais, tanto a nível geopolítico como comercial, podem vir a ter consequências negativas para a economia em 2025. Se isso ocorrer, os bancos poderão ser obrigados a aumentar as suas provisões, o que faria subir o custo do risco.
O custo do risco mede a relação entre as imparidades para crédito, ou seja, o montante que os bancos reservam para cobrir possíveis perdas com empréstimos, e o saldo médio dos créditos concedidos. Este indicador é essencial para avaliar a qualidade financeira de um banco.
No relatório, a DBRS analisa diversos bancos europeus e destaca os portugueses, especialmente a CGD, como estando entre aqueles que registaram as maiores reduções no custo do risco desde 2023.
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