Taxas de juro vão continuar a subir? Saiba o que fazer ao seu crédito habitação
Nos encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Marraquexe, Marrocos, o economista-chefe previu a permanência das taxas de juro altas, o que poderá “empurrar os países mais pobres para a bancarrota”. Mas o que fazer perante a subida contínua dos juros, se tiver um crédito habitação?
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Taxas de juro altas? Possíveis consequências a longo prazo
Segundo publicação do Notícias ao Minuto, o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, indicou em conferência de imprensa na abertura oficial dos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial, que as boas notícias sobre, atualmente, “nenhuma grande economia entrar realmente em problemas”, mesmo “apesar de todos os choques”, a longo prazo serão diferentes. “O problema agora é que, por causa das elevadas taxas de juro, o crescimento está a abrandar muito”, garante o líder.
Fazendo menção aos anos 70, Indermit Gill repara ainda que, “quando a Reserva Federal subiu as taxas de juro durante bastante tempo, uma das lições que aprendemos é que o ciclo de ajustamento não durou só um, dois anos, deixou cerca de 24 economias na bancarrota, e acho que podemos antever que alguns países vão ter problemas agora”.
É por isso que o receio das consequências a longo prazo sobre as taxas de juro elevadas durante mais tempo foi o tema central desta conferência, com foco “na importância do impacto que os juros elevados têm nos países menos desenvolvidos, que dependem de empréstimos e financiamentos externos, normalmente em dólares, para financiar o desenvolvimento económico e social”, pode ler-se na plataforma de notícias.
Esta permanência das taxas de juro altas “pode ser um evento complicado de várias formas, desde os investimentos às pessoas que, ao longo dos anos, se habituaram a um ambiente de juros baixos”, nota o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, na mesma conferência.
Nos relatórios apresentados nestes encontros, pode observar-se uma previsão para 2024 de menor inflação (atualmente ainda se encontra elevada), bem como um maior abrandamento económico.
Além disso, e ainda de acordo com a publicação do Notícias ao Minuto, o FMI deixou previsto que o crescimento global desacelere de 3% em 2023 para 2,9% em 2024 e que a inflação diminua de 6,9% em 2023 para 5,8% em 2024, não expectando o regresso à meta na maior parte dos bancos centrais até 2025 nas economias.
Como minimizar o impacto das taxas de juro altas no crédito habitação?
Para minimizar o impacto das taxas de juro altas no seu crédito habitação, no caso de taxa variável, deve rever as condições atuais do contrato.
Atualmente, a taxa de juro fixa está com valores inferiores à taxa de juro variável indexada à Euribor (indexante que tem sofrido os aumentos consequentes da subida das taxas de juro). Ou seja, atualmente com este indexante paga um valor de taxa que tem estado constantemente a subir e a aumentar o valor que paga de prestação mensal pelo seu crédito.
Ao fixar a taxa do crédito, garante sempre o mesmo valor de taxa e de prestação mensal, conferindo uma maior estabilidade e segurança, sem variações nem surpresas.
Os bancos estão, hoje em dia, a fazer campanhas de taxas mistas que permitem fixar a taxa por um período, como dois anos, e depois voltando à taxa variável. Pode ser uma boa opção na medida em que, enquanto as taxas de juro mantêm a tendência de subida, paga um valor fixo que não acompanha as variações da Euribor; e após esse prazo, quando for expectável que as taxas de juro voltem a descer, volta a ter uma taxa variável.
Posso alterar a taxa de juro do meu crédito?
E como passar de uma taxa de juro para outra? Tem duas opções: Ou tenta renegociar com o seu banco as condições atuais e requerer esta alteração, ou, se o banco não permitir, transferir o seu crédito para um novo banco que permita.
A transferência de crédito habitação, na maior parte dos bancos, não implica custos (apenas uma comissão por reembolso antecipado, mas que foi suspensa temporariamente pelo Governo).
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