Como aceder ao apoio de Cuidador Informal em Portugal?
Para incentivar o cuidado em casa, o Estado português disponibiliza um programa que apoia os cuidados informais por forma a contribuir para o bem-estar físico e mental de quem cuida. Saiba como aceder ao apoio.
Apoio ao Cuidador Informal: Quais os requisitos, benefícios e como aceder?
O apoio ao Cuidador Informal em Portugal é um subsídio mensal disponibilizado pelo Estado para aliviar as dificuldades financeiras daqueles que cuidam de pessoas próximas dependentes devido a condições de saúde debilitantes, como doenças crónicas ou incapacidades físicas.
Este programa foi criado com o objetivo de valorizar o papel essencial dos cuidadores informais, reconhecendo que muitos deles sacrificam a sua vida profissional e pessoal para prestar cuidados essenciais aos seus.
Quais os critérios para beneficiar do apoio?
Para aceder ao apoio, é necessário cumprir alguns requisitos:
- Deve ser o cuidador informal principal: O subsídio destina-se ao cuidador informal principal, que é a pessoa que assume a responsabilidade de prestar cuidados diários a outro, vivendo na mesma residência e cuidando das necessidades essenciais do dependente;
- Elevado grau de dependência: O apoio é para cuidadores de familiares ou outras pessoas próximas que têm um elevado grau de dependência e necessitam de assistência constante para realizar tarefas básicas diárias;
- Critérios de rendimento: O apoio é focado em cuidadores de agregados com baixos rendimentos. Então, o rendimento do agregado do cuidador é considerado ao atribuir o subsídio, garantindo que abrange quem mais necessita;
- É necessário reconhecimento legal: O cuidador precisa de ser reconhecido formalmente como cuidador informal através do registo na Segurança Social, com documentação que comprove a relação e a dependência da pessoa cuidada.
A que benefícios permite aceder o apoio?
Além do subsídio mensal, o programa oferece outros benefícios para apoiar o cuidador informal e melhorar a sua qualidade de vida:
- Formação e apoio psicológico: Muitos cuidadores informais não têm formação específica para lidar com cuidados de saúde complexos. O apoio inclui formação, ajudando os cuidadores a adquirir competências, e acompanhamento psicológico para promover a sua saúde mental e bem-estar;
- Rede de apoio: O programa inclui o acesso a uma rede de apoio para orientação sobre direitos, recursos locais e estratégias de cuidado. A rede conecta o cuidador a serviços de saúde, centros de apoio e outras organizações que possam ajudar;
- Períodos de descanso: Os cuidadores informais podem aceder a períodos de descanso em que recebem apoio alternativo temporário para cuidar do outro, dando-lhes tempo para se recuperarem física e mentalmente.
Como solicitar o apoio para o cuidador informal?
Para solicitar o apoio, o cuidador deve seguir alguns passos:
- Registar como cuidador informal: O cuidador deve inscrever-se como cuidador informal junto da Segurança Social, apresentando documentos que comprovem a dependência da pessoa cuidada;
- Submeter o pedido: Após o registo, o cuidador precisa de preencher um formulário específico, anexando comprovativos de rendimento, que são necessários para avaliar a elegibilidade – para submeter o pedido do apoio;
- Avaliação e aprovação: A Segurança Social analisa o pedido com base nos critérios de dependência e rendimento. Se aprovado, o cuidador passa a receber o subsídio mensalmente. Esta análise pode ser revista periodicamente para ajustar o apoio caso haja mudanças na situação do cuidador ou do cuidado.
É de realçar que foi promulgado e publicado em Diário da República a 6 de novembro, já em vigor, uma legislação que alarga o estatuto de cuidador informal a pessoas sem laços familiares, passando o subsídio a incluir cuidadores que são amigos ou vizinhos, se coabitarem com a pessoa cuidada.
Quanto ao valor do subsídio, este continua a depender do rendimento relevante do agregado do cuidador informal principal, sendo que não pode superar 1,3 vezes do Indexante de Apoios Sociais (IAS).
O apoio ao Cuidador Informal não é apenas uma ajuda financeira, mas também uma valorização do papel do cuidador informal, que muitas vezes abdica de uma carreira ou outras atividades pessoais para dar assistência a outro.
Com este apoio, o Estado português reconhece o contributo dos cuidadores informais para a sociedade e proporciona-lhes recursos para manterem a qualidade de vida enquanto cuidam de alguém importante.
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